quinta-feira, 21 de abril de 2016

Gorjetas. Muito, pouco ou nada?



Em terras de sua majestade, durante o século 17, deu-se origem a gorjeta. A palavra “Tip” é a sigla para a expressão em inglês “to insure promptitude”, que significa: para garantir prontidão. É verdade que tudo depende da satisfação do cliente, quando da prestação de um serviço. Também é verdade que deveria partir de uma regra básica; Se o serviço não agradou, não se tem razão para qualquer tipo de gratificação. Quando acontece ao contrário, é ou deveria ser prática corrente respeitar a cultura local quanto a dar ou não uma gorjeta.
Quanto as gorjetas na restauração, na realidade verificamos que a prática de demonstrar a nossa satisfação ou insatisfação quanto a um serviço recebido, em muitos locais até já deixou de ser optativo, pois vem inserido na conta para pagamento.
É bem verdade que a prática ou atitude de dar gorjetas, apresenta algumas dúvidas. Segundo Kerry Segrave em “Tipping: Na American Social History of Gratuities”, esta prática se teria iniciado durante a Idade Média. Quando se visitava uma pessoa, na saída se deixava uma quantia em dinheiro para fazer face ou compensar o tempo e esforço gasto pelo anfitrião.
Em alguns países, principalmente no Brasil e nos Estados Unidos da América, temos o conceito de que o salário de um empregado da restauração é formado por um valor fixo + a gratificação ou gorjeta deixada pelos clientes.
Um ato de grosseria, é considerado o fato de não se dar gorjeta a um garçom ou bartenders, em determinados países como na França, Inglaterra ou Estados Unidos da América.

"Dar gorjeta pode ser um problema por causa das diferenças culturais entre os países. Na Alemanha, por exemplo, o dinheiro extra deve ser entregue pessoalmente ao garçom, enquanto no Japão entregar uma nota aberta pode ser um enorme insulto", explica o especialista em câmbio Noel Goddard.

Segundo ele, independente do país, o turista nunca deve pedir troco quando ele não for dado espontaneamente e também garantir que está levando notas de baixos valores, além de moedas.
Agora imagine-se quando estiver de saída de um restaurante no Japão e for abordado pelo garçom para devolver aquela importância que deixaste na mesa como gorjeta! Isto porque no Japão não existe esta cultura e os funcionários não esperam por qualquer tipo de gratificação pelos serviços prestados. Bom…é uma prática ou cultura que nas principais cidades já começa aos poucos a ser alterada. Vamos ver!

Gorjetas. Muito, pouco ou nada?
Ao chegar em um país desconhecido, encontramos hábitos e cultura diferentes dos nossos, neste momento, entre tantas situações, ficamos em dúvida se devemos ou não deixar gorjeta num café, bar ou restaurante. E tudo se complica quando precisamos ter a noção de quanto devemos, podemos ou queremos deixar de gorjeta.

 “Há uma expectativa e uma ansiedade sempre que se pede a conta. São os dois lados de uma equação que tem ao centro a famosa gorjeta. Dar ou não dar? E quanto? Viagem à volta do mundo do dinheiro que fica na mesa”, Carolina Reis, jornalista do Jornal Expresso.

A Jornalista Carolina Rei, na edição do Jornal Expresso de 3 de Janeiro de 2016, conta uma história bastante interessante: O embaixador de Portugal nas Nações Unidas, Francisco Seixas da Costa, organizou um jantar num restaurante de Nova Iorque. No final, chegou-se a conclusão de que a comida foi boa, o atendimento impecável, o que deixou a todo o grupo bastante satisfeito, o que levou a deixarem uma gorjeta para os funcionários do restaurante, que segundo qualquer português, consideraria uma “gratificação razoável”. Ao saírem, aconteceu que alguns empregados foram em direção ao embaixador e perguntaram de teria havido algum problema, pois consideraram um insulto o valor da gorjeta deixada. Se em Portugal, o cliente dá quando quer e quanto quer, em determinados países não é bem assim que funcionam as regras das gorjetas. Nos Estados Unidos da América, na conta já vem um espaço físico onde se deve colocar o valor da gorjeta a ser deixada, de acordo com os valores praticados no local.
O Embaixador comentou, que quando morava nos Estados Unidos, andava sempre com uma tabela sobre os valores das gorjetas aplicados em cada região ou cidade americana.






No Brasil, a gorjeta já tem um carater oficial, pois quando pedimos, a conta já vem com 10% de serviço incluídos ou pode chegar escrita a mão na conta ou num pedaço de papel. Notar que mesmo assim, pela lei, o cliente não é obrigado a deixar a gorjeta.





15% e 20% é o valor ideal da gorjeta que se espera nos restaurantes americanos. É também normal que se deixe até 25% quando o cliente estiver realmente muito satisfeito, mas não deixar gorjeta é um sinal de insatisfação e até insulto aos empregados do restaurante, que poderá até interpelar o cliente quanto ao serviço prestado.


A lei francesa, autoriza os restaurantes a incluírem 15% na conta. Nada impede contudo, de que os clientes muito satisfeitos deixem uns trocados extras. Esta lei não se aplica aos bares e café, cujo valor fica totalmente ao critério dos clientes.




Embora já tenhamos exceções, tanto no Japão quanto na China, a gorjeta não é uma prática normal, pois eles consideram e se orgulham de oferecer serviços de alta qualidade ao turista. Excecionalmente em determinadas lojas e para os guias turísticos, podemos afirmar que fogem um pouco a regra e aceitam alguma gorjeta, muito embora não fiquem tristes se não as receberem. Em determinadas regiões da China, deixar gorjeta é até certo ponto ofensivo e poderão inclusive ir ao encontro do cliente para devolver o valor deixado a mais.



Gorjetas. Muito, pouco ou nada?
Podemos ainda citar algumas práticas de gorjetas publicadas no jornal inglês “The Mirror”:

Turquia: os restaurantes mais simples incluem de 5 a 10% nas contas e, os de luxo somam entre 10 e 15% no valor consumido.
Austrália e Nova Zelândia: por lá, os trabalhadores são muito bem remunerados por isso dar gorjeta não é uma prática vista com bons olhos. Mas, se receber um atendimento excelente, tente pagar 10% extras e provavelmente verá o garçom ficar desconfortável em pegar o dinheiro.
Áustria: o serviço normalmente vem incluído na conta e custa 10% do valor consumido. Uma dica boa pode ser sempre aproximar os preços: por exemplo, se a conta dá €5,50, pague €6.
Croácia: dar gorjeta é apreciado, mas não é uma regra, nem os trabalhadores esperam por ela. Por isso, ofereça o troco como dinheiro extra e, nos restaurantes, 10% é o ideal.
Grécia: a gorjeta é opcional e normalmente eles não esperam recebê-la. Sendo assim, em bares, táxis e hotéis, é uma decisão de cada turista dar ou não uma pequena quantidade extra de moedas. Nos restaurantes, o serviço vai junto com a conta, mas é educado dar um pouco mais.
Itália: os restaurantes incluem 10% na conta, mas bares, taxistas e porteiros de hotéis não as pedem, mas sempre aguardam por uns euros extras.
Espanha: nos restaurantes, além do serviço, incluir 5 ou 10% em dinheiro é sempre esperado. Em bares, deve-se dar €0,20 de euros por drinque consumido.
África do Sul: é quase obrigatório dar gorjeta neste país, visto que é uma demonstração de gratidão pelo serviço prestado, no entanto a quantidade de dinheiro extra não é importante.
Egito: as gorjetas são muito apreciadas e as pessoas preferem ganhar em dólares do que na moeda local. Mesmo depois de dar 10% como extra, o turista pode ainda ouvir reclamações, mas não se sinta pressionado a dar mais, porque este é um costume local.
Índia: a gorjeta é culturalmente importante por lá, já que os ricos costumam ser generosos com os menos favorecidos. Não esqueça de dar dinheiro extra para porteiros, empregados do hotel e taxistas.

Singapura: eles desencorajam dar gorjetas em hotéis, atrações turísticas e até em restaurantes, isso porque muitos moradores locais não dispõem de dinheiro extra, mas turistas normalmente têm mais verba, por isso, em algumas ocasiões, pode-se dar 10% nos restaurantes.


sexta-feira, 15 de abril de 2016

Vai viajar com animação de estimação?





As férias chegaram? Está na hora de visitar um amigo ou familiar? E se a viagem for a negócios ou de trabalho? Bem, o que fazer?
Viajar e deixar o meu animal de estimação em casa? Nem pensar!


Para quem não quer separar-se do seu animal doméstico durante uma viagem para visitar um parente ou simplesmente durante as férias, saiba que muitas das companhias aéreas permitem levar a bordo do avião, seja na cabine ou no porão o seu animal de estimação. Um peixe, uma ave, um roedor, uma tartaruga, o gato o cão ou até mesmo todos!
Saiba no entanto que deverá sempre seguir a risca as dicas, critérios, regras e condições de cada companhia aérea e principalmente de cada país para conde pretende viajar. Consulte a sua Agência de Viagens, sobre as regras, taxas a pagar, peso ou tamanho da mala de transporte.

Por se tratar da principal companhia aérea portuguesa, é importante ler com bastante atenção as informações e/ou regras abaixo, transcritas da página web: www.flytap.com.



Condições veterinárias:
No portal Direção Geral de Veterinária, poderá encontrar todas as informações necessárias sobre as condições sanitárias aplicáveis na circulação de animais domésticos de e para países membros e não membros da União Europeia.
Responsabilidades do passageiro quando viaja com animais:
·         É responsável pela apresentação de todos os documentos respeitantes ao animal, como certificados sanitários, passaportes, entre outros.
·         Deve assinar a declaração para expedição de animais vivos que será fornecida na altura do pagamento do transporte do animal.
·         Deve providenciar a comida e água necessária para toda a viagem.

Nota: Informamos que em trânsito/para o Reino Unido a TAP só está autorizada a transportar na cabine cães reconhecidos como “animais de assistência” (SVAN). Não é aceite o transporte de outros animais, nem na cabine nem no porão, para o Reino Unido. Apenas é permitido o transporte de outros animais [incluindo “animais de assistência” (SVAN)] à saída do Reino Unido.

Reserva antecipada:
A reserva para quem viaja com animais de estimação, deve ser feita com a maior antecedência possível, ou pelo menos com 24 horas antes da partida, tomando-se a atenção para determinados serviços que poderão não funcionar nos finais de semana ou feriados.
A confirmação do pedido de transporte de animais na cabine ou no porão é sujeita à disponibilidade de espaço, ao tipo de avião planeado e à cabine em que o passageiro viaja.
No caso de a viagem envolver mais de uma companhia aérea, é necessária a confirmação de transporte de todas as companhias envolvidas.
A dimensão da caixa onde o animal é transportado, o peso total (caixa de transporte com o animal dentro), a espécie e o número de animais transportados são informações que deverá providenciar.
As caixas de transporte dos animais têm de estar de acordo com as normas estipuladas pela TAP.
Os Animais de Assistência têm regras próprias (veja quadro «Animais de Assistência»).

Vai viajar para o Brasil?
É importante que além de consultar a sua Agência de Viagens, consulte alguns links que julgamos que podem tirar algumas dúvidas:


Transporte de animais na cabine?
Quais são os animais permitidos?
·         Pequenos animais domésticos (PETC), apenas cães e gatos.
·         Animais de assistência emocional (ESAN).
·         Animais de assistência (SVAN), como cães-guias de cegos e surdos e cães de assistência a pessoas com mobilidade reduzida.





Pequenos animais domésticos (PETC):
·         Na cabine só são aceites cães e gatos.
·         O peso máximo da caixa de transporte com o animal dentro é de 8 (oito) kg. 
·         As dimensões da caixa de transporte não podem exceder 45cm de comprimento, 30cm largura e 23cm altura.
·         O animal deve estar completamente dentro da caixa de transporte (incluindo a cabeça e a cauda) durante todo o voo e deve ter espaço dentro da mesma para se movimentar.
·         Cada passageiro apenas pode levar uma caixa de transporte de animais, que pode conter mais do que um animal da mesma espécie (tem de existir espaço suficiente para os animais se moverem no interior da caixa de transporte).
·         Poderá ser usada caixa própria (rígida ou maleável) para transporte do animal, desde que esta não exceda as dimensões supra indicadas e seja estanque (capaz de reter os fluidos do animal).
·         A confirmação do pedido de transporte de animais na cabine é sujeita a disponibilidade de espaço, ao tipo de avião planeado e à cabine em que o passageiro viaja.
·         Os animais devem estar limpos, saudáveis, isentos de odores, não devem constituir ameaça ou perturbar os outros passageiros. As fêmeas não podem estar prenhes.
·         Caso o animal reúna as condições para ser transportado na cabine e obtenha confirmação, a caixa de transporte do animal deverá ser colocada debaixo do assento do passageiro responsável para que não seja obstruída a livre passagem na cabine. 
·         Nunca poderá ser ocupado um lugar de passageiro e o animal nunca poderá se movimentar pela cabine.




Caixas de transporte:
·         Devem ser estanques (capaz de reter os fluídos do animal).
·         Devem ser adquiridas previamente pelo passageiro.
·         Recomenda-se que sejam caixas de transporte maleáveis, de modo a poderem ser colocadas sob o assento em frente do passageiro.





Transporte de animais no porão?
É aceite o transporte de animais no porão do mesmo avião em que o passageiro viaja, nas seguintes condições:
·         Pré-notificação e confirmação do animal no porão;
·         Transporte em caixa rígida própria;
·         O passageiro deve providenciar comida e água suficientes para toda a viagem, uma vez que não é possível alimentar ou exercitar os animais durante as paragens em trânsito.
·         A caixa do animal é entregue aquando da aceitação do passageiro, e será colocada na área ventilada do porão do avião.
·         O peso total do animal e respetiva caixa de transporte não pode ultrapassar os 45 kg (ou 32 kg, em viagens com destino, origem ou escala em: EUA, Hungria, França, Luxemburgo e Países Baixos). Caso exceda este total, o animal terá de ser transportado como carga (ver contactos abaixo).
·         Nos voos com destino a Luanda, à partida de todos os aeroportos da rede TAP exceto Lisboa.
·         A confirmação do pedido de transporte de animais no porão é sujeita à disponibilidade de espaço e ao tipo de avião planeado.

E como transportar um animal como carga?
Aplicável quando o peso do animal, incluindo a caixa de transporte, excede os 45 kg ou os 32 kg, à saída, com destino ou escala numa das seguintes rotas: Estados Unidos, Hungria, França, Luxemburgo e Países Baixos.
Condições de aceitação
·         O transporte deverá estar previsto no percurso descrito no bilhete do passageiro.
·         O animal deverá ser entregue para transporte 4 horas antes da partida. As condições/horários referentes à aceitação do animal poderão diferir de acordo com o local de partida.
·         O passageiro deverá fornecer todos os documentos necessários e responsabilizar‑se por qualquer taxa adicional que lhe seja cobrada na origem e no destino.
·         A TAP reserva‑se o direito de decidir em que voo o animal será transportado.
·         Os animais destinados a serem transportados como carga não poderão ser transportados em aeronaves Embraer Beechcraft.
·         Nos voos com destino a Luanda à partida de Lisboa, os animais terão de ser aceites como carga.

Quais as tarifas de transporte de animais aplicadas pela Tap Portugal?


Transporte de Animais
Na cabine
No porão
No porão, como carga *
Peso
Até 8kg
Até 32kg
De 32kg a 45kg
De 45kg a 70kg
De 70kg a 100kg
Voos Domésticos (Portugal)
35€
70€
130€
160€
190€
Europa / Marrocos / Argélia
70€ 
100€ 
200€
270€
340€
Voos Intercontinentais
150€ 
200€
300€
380€ 
480€
Para ser cobrado na moeda local, de acordo com a taxa de câmbio diária.
* Em certas rotas, o peso máximo está limitado por lei a 32 kg. Nos voos com destino, origem ou escala nos EUA, Hungria, França, Luxemburgo ou Países Baixos, apenas são aceites animais no porão até 32 kg (animal e respetiva caixa de transporte). Os custos associados ao transporte de animais como carga são apenas válidos à partida de Portugal. Diferentes taxas e encargos poderão ser aplicados noutros países.


Como informado anteriormente, as regras a serem aplicadas, podem alterar de em determinadas companhias aéreas e a maioria das companhias low cost, nem aceitam o transporte de animais de estimação, como é o caso da Ryanair e a Easyjet